Desigualdade de distribuição espacial de estabelecimentos de venda de alimentos em uma capital brasileira planejada.

Distribuição de estabelecimentos de venda de alimentos em uma capital.

Resumo

O ambiente alimentar construído tem forte influência na saúde da população. O objetivo deste estudo foi caracterizar o ambiente alimentar construído de Palmas (TO). Trata-se de um estudo observacional descritivo do tipo ecológico que identificou a densidade de estabelecimentos segundo a classificação do grau de processamento industrial dos alimentos comercializados nestes locais.  As coordenadas geográficas dos endereços dos estabelecimentos foram identificadas no Google Earth® e transferidas para o programa QGis®. Foram construídos mapas para visualizar e quantificar a distribuição espacial dos estabelecimentos por grau de processamento dos alimentos e pelas oito regiões de saúde da cidade. Dos 1250 estabelecimentos identificados, 60,8% são do tipo misto, 25,5% ultraprocessados e 13,6% in natura ou minimamente processados. A região com a menor densidade de estabelecimentos é a Pankararu (1,5%) e situa-se na periferia da cidade. A área central (regiões Apinajé, Xambioá, Kanela e Krahô) possui 81,4% dos estabelecimentos. A região Xerente possui a maior densidade de estabelecimentos do tipo in natura (35,8%) e a Kanela do tipo ultraprocessados (29,1%), ambas localizadas na região central. Conclusão: Na cidade de Palmas existe uma distribuição espacial desigual dos estabelecimentos de venda de alimentos e predominam aqueles do tipo misto, independente da região de saúde da cidade.

Publicado
2024-03-25
Como Citar
Soares Borges Neto, W., Ferreira Fernandes, A. C., Lopes Pinto, S., & Cristine Silva, K. (2024). Desigualdade de distribuição espacial de estabelecimentos de venda de alimentos em uma capital brasileira planejada. REVISTA CEREUS, 16(1), 295-305. Recuperado de http://ojs.unirg.edu.br/index.php/1/article/view/4609
Seção
Artigos