Avaliação dos indicadores epidemiológicos da hanseníase na região norte do Brasil

Neslayne Louise Campiol, Giovanna Uchôa de Souza Cruz, Adolpho Dias Chiacchio

Resumo

A hanseníase representa um grave problema de saúde pública no Brasil, sendo a região Norte um destaque nesse cenário. Esse estudo analisou a epidemiologia da hanseníase no Norte do Brasil por meio de um estudo epidemiológico, retrospectivo, transversal, com abordagem quantitativa e descritiva, realizado mediante dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Sistema Único de Saúde e do Boletim Epidemiológico Especial e nª 51 entre os anos de 2013-2019. Foram registrados 281.150 mil casos no Brasil entre 2014-2018, sendo 9,73% no Norte. As taxas de detecção anual foram classificadas como muito alta em todo o período, houve 3614 casos em menores de 15 anos e predomínio de casos multibacilares. O percentual de contatos examinados e de cura foram considerados regular, e a identificação de incapacidades grau 2 como médio. O Tocantins destaca-se com a maior taxa de detecção anual do Norte, sendo classificado como hiperendêmico. O aumento dos casos da hanseníase está associado a regiões de nível socioeconômico mais baixo, diagnóstico tardio e a não-adesão ao tratamento. Assim, torna-se necessário o aperfeiçoamento das equipes de saúde, o fortalecimento de estratégias na atenção básica junto à projetos educativos e sociais que possam contribuir para a eliminação dessa endemia.

Palavras-chave: Hanseníase. Epidemiologia. Saúde Pública.

Biografia do Autor

Giovanna, Universidade de Gurupi

Graduanda em medicina na Universidade de Gurupi

Adolpho

Especialista em Morfofisiologia - UFLA

Mestre em Ciências da Saúde - UFT

Docente do Curso de medicina - UNIRG

Publicado
2020-12-10