Perfil clínico e epidemiológico de pacientes coinfectados com HIV e leishmaniose visceral frente a utilização de profilaxia secundária com anfotericina B lipossomal em um hospital universitário
Resumo
O estudo aborda a coinfecção pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) e a leishmaniose visceral (LV), doenças endêmicas no Brasil. O HIV compromete o sistema imunológico, facilitando a progressão da LV, uma infecção oportunista com alta taxa de letalidade. A anfotericina B lipossomal é recomendada como profilaxia para pacientes coinfectados devido à sua eficácia. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica descritiva, retrospectiva, realizada em um Hospital de Ensino em Araguaína, Tocantins. Este estudo incluiu pacientes com coinfecção HIV/LV, em profilaxia com anfotericina B lipossomal. Foram coletados dados clínicos, sociodemográficos e laboratoriais de 30 pacientes. Para análise estatística utilizou-se o teste t de Student. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (66,6%), com idade predominante entre 41-60 anos. A cor parda foi predominante (93,3%) e metade possuía ensino fundamental incompleto. Os exames mostraram melhora significativa após a profilaxia. Contudo, 70% apresentaram baixa contagem de células CD4+. Apesar da evolução clínica favorável em 96,6% dos casos, o risco de recidiva permanece alto devido à imunossupressão. A profilaxia com anfotericina B lipossomal mostrou-se eficaz, mas enfrenta desafios como custo elevado e acesso restrito. A coinfecção afeta principalmente populações vulneráveis, exigindo acompanhamento contínuo e melhorias nos protocolos de tratamento.
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