Análise epidemiológica e geospacial dos casos de Toxoplasmose Gestacional de um território da atenção primária de Palmas/Tocantins

Resumo

A gestação é um fator de risco para toxoplasmose, com possível transmissão vertical, podendo causar prematuridade, aborto espontâneo e alterações neurológicas ou oftalmológicas ao feto. O presente estudo teve por objetivo descrever o perfil epidemiológico e geoespacial das notificações de toxoplasmose gestacional em um território de saúde do município de Palmas, Tocantins. Trata-se de um estudo de corte transversal, descritivo e quantitativo. A população do estudo foi composta por mulheres notificadas para toxoplasmose gestacional no território de saúde Apinajé no período de 2018 a 2022. Para isso, foram utilizados dados secundários do NotificaSUS. A análise revelou que a idade média das mulheres foi de 31,2 anos (±7,11), cor parda (60%), escolaridade de nível superior completo (40%) e no segundo trimestre (40%). Evidenciou-se também que 100% das mulheres notificadas apresentaram sorologia reagente para IgG e IgM. No entanto, 60% das fichas não continham informação sobre a avidez. As unidades da 108 Sul e 508 Norte destacam-se como áreas críticas que demandam intervenções mais intensivas. Portanto, os resultados demonstram soropositividade significativa para Toxoplasmose gestacional no território de saúde Apinajé. Essa prevalência se sobressai em algumas áreas, indicando que fatores socioeconômicos, comportamentais e ambientais podem influenciar na exposição ao parasita. 

Palavras-chave: Toxoplasmose. Grávidas. Epidemiologia.