Análise morfológica e clínica do apêndice atrial esquerdo de pacientes de um centro único em Palmas, Tocantins
Resumo
Apesar da relevância clínica do apêndice atrial esquerdo (AAE), há escassez de dados sobre sua morfologia no Brasil. Este estudo avaliou a prevalência dos padrões morfológicos do AAE em pacientes de um centro diagnóstico em Palmas-TO, relacionando-os a dados clínicos. Foram analisadas 500 angiotomografias coronárias, de outubro de 2023 a fevereiro de 2025. Avaliaram-se o tamanho do orifício, número de lobos e morfologia, além de comorbidades pré-existentes. A amostra foi composta por 242 mulheres (48,4%) e 258 homens (51,6%), com média de idade de 61,7 anos. As variantes morfológicas identificadas foram: Cacto (38,6%), Biruta (32,4%), Couve-flor (14,8%) e Asa de galinha (14,2%). O sexo feminino apresentou maior prevalência da morfologia Cacto (34,25%) e o masculino, Biruta (24,36%), com diferença estatística (p < 0,05). O padrão unilobulado predominou (59,8%), seguido do bilobulado (16,4%) e multilobulado (23,8%). O diâmetro médio do AAE foi de 18,93 mm nas mulheres e 19,42 mm nos homens, com diferença significativa (p < 0,05). Conclui-se que a caracterização morfológica do AAE pode auxiliar em estratégias de prevenção, tratamento e manejo de procedimentos de oclusão, contribuindo para a redução de eventos cardiovasculares.
Palavras-chave: Apêndice Atrial Esquerdo. Anatomia. Tomografia. Fibrilação atrial.
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