Análise exploratória das lesões de atletas juvenis de futebol profissional feminino

Tamiris Beppler Martins, Bruno Vasco Ferreira Baroni Silveira, Herickson Braga Bussolo3, Rodrigo Okubo.

Resumo

O aumento do investimento no futebol feminino tem elevado a expectativa por desempenho e, consequentemente, o risco de lesões, especialmente entre atletas jovens. O objetivo foi analisar, de forma exploratória, a ocorrência de lesões em atletas juvenis de futebol profissional feminino. Estudo observacional, exploratório e transversal. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário semiestruturado. A associação entre variáveis, como posição em campo, histórico de lesões e participação em reabilitação, foi analisada pelo teste do Qui-quadrado e, para tabelas 2x2, pelo teste Exato de Fisher. Foram calculadas razões de chances para lesões no tornozelo e realização de acompanhamento fisioterapêutico, com intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. A amostra foi composta por 32 atletas, com média de idade de 14,34 ± 1,33 anos. Ao todo, foram registradas 24 lesões, com o tornozelo sendo a articulação mais afetada e a entorse, a complicação mais comum. A maioria das atletas (81,3%) nunca teve acompanhamento fisioterapêutico. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre acompanhamento fisioterapêutico, participação em programas de reabilitação ou posição em campo e a ocorrência de lesões no tornozelo. As entorses de tornozelo foram as lesões mais frequentes entre as atletas analisadas.