Variações e tendências das internações hospitalares por traumas graves no brasil no período de 2021 - 2024: evidências de um estudo retrospectivo
Antonio Marcos Rodrigues da Silva, Elton Douglas Alves da Silva Inácio, Luiz Felipe Neves Frazão, Emanuel Luiz Ferreira
Resumo
Este estudo teve como objetivo analisar as variações e tendências das internações hospitalares por traumas graves no Brasil no período de 2020 a 2024, considerando variáveis sociodemográficas, clínicas e regionais. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, descritivo e retrospectivo, desenvolvido a partir de dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Foram incluídas 1.606.145 internações, das quais 73,3% ocorreram em homens e 26,7% em mulheres. As maiores frequências concentraram-se entre adultos jovens, especialmente de 20 a 49 anos, embora as taxas de mortalidade tenham sido mais elevadas nos idosos, chegando a 13,09% entre indivíduos com 80 anos ou mais. Em relação à raça/cor, a população parda representou mais da metade das internações, mas a maior letalidade foi observada entre pretos (5,20%). Regionalmente, o Sudeste concentrou 36,5% das internações e apresentou a maior taxa de mortalidade (5,39%). Verificou-se, ainda, redução do tempo médio de permanência hospitalar no período estudado. Os achados reforçam que os traumas graves configuram um relevante problema de saúde pública, marcado por desigualdades de sexo, idade, raça/cor e região, demandando políticas integradas de prevenção, assistência qualificada e redução de iniquidade.
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