O processo de luto diante da morte inesperada

Camila Miguel de Araújo, Nathália Batista Ferreira Escobar, Jeniffer Ferreira-Costa, Thais da Silva-Ferreira, Dante Ogassavara, José Maria Montiel, Daiane Fuga da Silva

Resumo

A consciência da morte é frequentemente vivenciada com um distanciamento subjetivo da realidade da finitude. Quando ocorre a perda de alguém próximo, surge uma necessidade de reorganização psíquica para o enlutado. Diante de uma perda inesperada, a desorganização e o luto apresentam aspectos específicos. Este estudo objetivou descrever a percepção de indivíduos que vivenciaram o processo de luto por morte inesperada, atentando-se para os fenômenos emocionais experienciados. Foi realizada uma investigação de cunho qualitativo com entrevistas semi-estruturadas de quatro indivíduos que vivenciaram a perda de uma pessoa próxima há dois anos. Resultante desta investigação, identificaram-se quatro categorias temáticas com três unidades de significado. O estudo explicitou diferentes formas de enfrentamento do luto, a composição da rede de apoio, a atribuição da necessidade de apoio profissional de psicoterapia e o sentimento no primeiro contato com a notícia do falecimento. A presença da rede de apoio foi um aspecto que mitigou complicações no luto. A atuação do psicólogo em situações de mortes inesperadas foi identificada como fator protetivo, já que esse tipo de luto pode ser mais difícil e prolongado. A morte inesperada ainda carece de atenção adequada, necessitando de suporte especializado para melhor acolher os enlutados.

Biografia do Autor

Camila Miguel de Araujo

Psicóloga pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil.

Nathália Batista Ferreira Escobar, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil.

Jeniffer Ferreira-Costa, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil.

Thais da Silva-Ferreira, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil.

Dante Ogassavara, Universidade São Judas Tadeu

Psicólogo. Mestre e Doutorando do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu. Docente do curso de Psicologia na Faculdade Nove de Julho, São Paulo, SP, Brasil.

José Maria Montiel, Universidade São Judas Tadeu

Psicólogo. Mestre e Doutor em Psicologia. Docente do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu/Instituto Ânima, São Paulo, SP, Brasil.

Daiane Fuga da Silva, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga e Mestre em Ciências do Envelhecimento. Docente e Supervisora de estágio clínico da Universidade São Judas Tadeu, SP, Brasil.

Publicado
2024-09-10