Utilização da Variabilidade da Frequência Cardíaca como Marcador de Prognóstico em Pacientes de Unidade de Terapia Intensiva

Utilização da VFC como marcador de prognóstico em pacientes de UTIs

Resumo

A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é um método diagnóstico não invasivo que avalia a modulação autonômica do coração, sendo especialmente relevante nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), onde é crucial obter dados precisos sobre a gravidade e o prognóstico dos pacientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar pacientes internados em UTI por diferentes diagnósticos, observando as alterações autonômicas nos diferentes domínios da VFC. Relacionar as variáveis da VFC que demonstraram mais probabilidade de morte e/ou pior prognóstico em curto período. Na análise da VFC foi utilizada séries temporais de batimentos cardíacos com auxílio do frequencímetro Polar Advanced RS800CX, por 30 minutos. Selecionadas as variáveis no domínio do tempo, frequência e não linear. Os pacientes foram divididos em grupo de óbito e de sobrevivente. Foram estudados 92 pacientes, o grupo de óbitos foi composto por 32 pacientes e o grupo de sobreviventes por 60 pacientes. Constatada diferença significante da variabilidade da frequência cardíaca entre os grupos óbito versus sobreviventes no domínio do tempo, da frequência e no domínio não linear. Conclui-se que a VFC permite a diferenciação na gravidade nos estados de saúde, podendo atuar como um marcador de prognóstico tanto na melhora do quadro clínico ou provável morte.

Biografia do Autor

Ana Paula Prado, Universidade Brasil

Enfermeira, Mestre em Enfermagem e Especialista em Cardiologia e Hemodinâmica, Docente do Curso de Medicina da Universidade Brasil, Fernandópolis/SP.

Leda Ferraz, Universidade Brasil

Nutricionista, Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense, Docente do Curso de Medicina da Universidade Brasil, Fernandópolis/SP.

Marli Moretti, Universidade Brasil

Enfermeira, Mestre em Enfermagem e Pedagoga, Docente do Curso de Medicina da Universidade Brasil, Fernandópolis/SP.

 

Moacir Fernandes de Godoy, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

Médico Cardiologista, Livre Docente em cardiologia no Departamento de Cardiologia e Hemodinâmica e Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto/SP.

Publicado
2024-12-14
Como Citar
Prado, A. P., Ferraz, L., Moretti, M., & Fernandes de Godoy, M. (2024). Utilização da Variabilidade da Frequência Cardíaca como Marcador de Prognóstico em Pacientes de Unidade de Terapia Intensiva. REVISTA CEREUS, 16(4), 341-350. Recuperado de https://ojs.unirg.edu.br/index.php/1/article/view/5188
Seção
Artigos