Diferença de gênero e letalidade por covid-19
Entre o modelo biomédico e o modelo comportamental.
Resumo
No Brasil, durante a pandemia de Covid-19, adoeceram, segundo análise comparativa, mais mulheres que homens. No entanto, paradoxalmente, morreram muito mais homens do que mulheres. Portanto, objetivou-se discutir a dinâmica de incidência e desfecho fatal da Covid-19 desagregando a variável de gênero (diferenças de casos e óbitos por sexo). Trata-se de um estudo misto, o qual aborda métodos qualitativos e quantitativos, transversal e descritivo. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação e Mortalidade e Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe. A amostra foi composta por 38 entrevistados de diferentes cidades, a saber: São Luís, Imperatriz, Caxias e Barra do Corda. As entrevistas foram gravadas e transcritas e analisadas a partir das representações sociais de Moscovici e analise de discurso por Minayo. Além disso, utilizou-se de gráficos e tabelas para representar os dados quantitativos. Portanto, é possível afirmar que os padrões de comportamento explicam como uma determinada doença atinge fatalmente determinados públicos, e não apenas o modelo biomédico. Ressalta-se que a Covid-19 trouxe à tona a desigualdade de gênero que acomete a sociedade, pois ainda há maior prevalência de comportamentos socialmente construídos referentes ao masculino e ao feminino.
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