Mortalidade por Intoxicação medicamentosa no Brasil entre 2020 e 2022

  • Roberta Vieira Martins Roberta Vieira Martins Fundação Escola Pública de Saúde
  • Áurea Welter

Resumen

A intoxicação medicamentosa, classificada como exógena, resulta da exposição a fármacos em doses superiores às consideradas terapêuticas. O estudo teve como objetivo analisar a incidência e o perfil demográfico dos óbitos relacionadas a intoxicação por medicamentos no Brasil, entre 2020 e 2022. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo a partir de dados secundários de acesso público do Departamento de Informática do SUS. No período avaliado, foram registradas 5.837 notificações de intoxicações medicamentosas, com mortalidade média proporcional de 0,12% e taxa média de 9,1 óbitos por milhão de habitantes. Houve aumento de mortes no Brasil, com a taxa passando de 8,6 para 9,5 por milhão. O maior número absoluto de óbitos ocorreu na região Sudeste, enquanto a região Sul apresentou a maior taxa de mortalidade proporcional entre as regiões do país. A maioria dos óbitos foi causada por autointoxicação intencional e principalmente em hospitais e domicílios. Esse fenômeno foi mais prevalente entre homens solteiros, com idade entre 20 e 49 anos e escolaridade de 8 a 11 anos. O padrão de óbitos relacionados ao uso de medicamentos evidencia a população mais vulnerável e fornece subsídios importantes para a formulação de estratégias de saúde pública voltadas à prevenção desse agravo.

 

Palavras-chave: Automedicação. Intoxicação. Perfil epidemiológico. Vigilância de óbitos.

Biografía del autor/a

Áurea Welter

Doutora em Biodiversidade e Biotecnologia. Docente da Universidade Federal do Tocantins-UFT.

Publicado
2025-12-18
Cómo citar
Roberta Vieira Martins, R. V. M., & Áurea Welter. (2025). Mortalidade por Intoxicação medicamentosa no Brasil entre 2020 e 2022. REVISTA CEREUS, 17(4), 110-124. Recuperado a partir de https://ojs.unirg.edu.br/index.php/1/article/view/5959