Uso de psicofármacos por populações acometidas por desastres: uma revisão integrativa
Marina Morandini Luz, Cristiane de Paula Rezende Kirla Barbosa Detoni, Mariana Martins Gonzaga do Nascimento.
Resumen
Desastres naturais e não naturais, além de ceifarem vidas, podem expor sobreviventes ao risco de desenvolvimento de múltiplos desfechos negativos. Dentre eles, destaca-se a ocorrência de problemas de saúde mental, que demandam manejo não farmacológico e farmacológico, com o uso de psicofármacos como antidepressivos ou benzodiazepínicos. Nesse contexto, a presente revisão teve como objetivo reunir estudos que abordem o uso de psicofármacos, antidepressivos e/ou benzodiazepínicos, entre populações afetadas de forma direta ou indireta por desastres naturais e não naturais. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa, por meio da busca bibliográfica nas bases de dados PubMed e LILACS, utilizando descritores relativos a desastres e psicofármacos. A coleta e análise dos dados foi realizada por duas revisoras independentes e as divergências resolvidas por uma terceira revisora. Foram incluídos 13 artigos nesta revisão, sendo que nove abordaram somente antidepressivos, um, benzodiazepínicos e três, ambas as classes. Todos os artigos incluídos identificaram uma elevada prevalência ou aumento no uso de antidepressivos e/ou benzodiazepínicos e a maioria deles abordou desastres naturais (n=9), com destaque para os terremotos (n=5). Tais achados demostram a necessidade de prover o devido acompanhamento em saúde às populações acometidas por desastres, bem como viabilizar que sejam adotadas as medidas farmacológicas e não farmacológicas, quando necessárias. Em adição, deve-se garantir o apoio social e implementação de medidas para a prevenção e mitigação de desastres.
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