Elos entre Diabetes Mellitus, Disbiose intestinal e Depressão- Revisão integrativa

Edlainny Araujo Ribeiro, Maria José Ferreira Gomes, Letícia Maria Santos Brito

Resumen

Na Diabetes Mellitus, devido à dieta hipercalórica, pode ocorrer lesão intestinal que favorece a absorção de lipopolissacarídeos para a circulação sanguínea, estimulando a secreção de citocinas pró-inflamatórias e desencadeando disbiose que pode provocar um comportamento semelhante à depressão. Dessa forma esse trabalho objetivou analisar as evidências científicas e descrever os fatores inerentes a diabetes mellitus que contribuem para ocorrência de depressão. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, adaptada. A coleta de dados ocorreu por meio das bases de dados: National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/MEDLINE). Os descritores foram: “Diabetes Mellitus”, “Depression”, “Comorbidity”, “Dysbiosis”. Foram incluídos nesta revisão 5 estudos que evidenciaram os fatores inerentes a diabetes mellitus que causam disbiose intestinal e desenvolvimento de quadro depressivo. Dentre eles, destacam-se, alteração da permeabilidade intestinal, aumento da disponibilidade de lipopolissacarídeos, inflamação sistêmica e alteração neuronal. Além disso, algumas medidas terapêuticas mostraram-se benéficas para a restauração da microbiota saudável.Foi possível caracterizar a existência do elo entre a DM2, disbiose e depressão. Ademais, os estudos analisados mostraram resultados benéficos com uso de prebióticos, probióticos e transplante de microbiota fecal. Entretanto, há muitas lacunas a serem esclarecidas, necessitando, assim, de novos estudos voltados para esse eixo.

 

Biografía del autor/a

Edlainny Araujo Ribeiro, Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP

Professora e orientadora nos cursos de Biomedicina, Medicina e Enfermagem na instituição de ensino FESAR (2016-atual). Coordenadora do curso de Biomedicina (12/2019-01/2022). Biomédica (responsável pelo setor de microbiologia clínica) no Hospital Regional Público do Araguaia (média e alta complexidade)- Detecção fenotípica de patógenos com a utilização de métodos manuais e semiautomáticos, detecção de mecanismos de resistência como produção de carbapenemases (03/2018 -03/2021). Biomédica no laboratório hospital Santa Mônica (2016 a 2018). Possui graduação em Biomedicina (Patologia clínica/ Análises clínicas) pela Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida (2015). Especialista em Microbiologia Clínica pela Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto (2017). Mestre em Ciências Ambientais e Saúde (Pontifícia Universidade Católica de Goiás- 2019). Atualmente é aluna de doutorado do programa de pós-graduação em infectologia pela Universidade Federal de São Paulo. ORCID- https://orcid.org/0000-0001-6935-3400

Maria José Ferreira Gomes, Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida

Discente no curso de Medicina na Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida - FESAR/Afya, Redenção - PA, Brasil.

Letícia Maria Santos , Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida

Discente no curso de Medicina na Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida - FESAR/Afya, Redenção - PA, Brasil

Publicado
2023-09-14