Mortalidade Materna de Indígenas no Brasil: uma reflexão a partir de dados secundários.
Ananda Rafaela Neves Magalhães do Nascimento, Samara Andréa da Costa Fonseca, Fabiana Mânica Martins, Nely Cristina Medeiros Caires Nome, Rosana Pimentel Correia Moysés
Resumen
Este artigo descreve o perfil de mortalidade materna de indígenas no Brasil entre 2018 a 2022. Este é um estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, com uso de dados secundários das cinco regiões do Brasil, obtidos no Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância das Doenças Não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Os resultados demonstraram no período, foram registrados no Brasil 2024 óbitos maternos de indígenas, sendo que 42% ocorreram na Região Norte, local com maior concentração de povos indígenas no Brasil. Em 2020 registaram-se as maiores Razões de Mortalidade Materna de todo período. As principais causas de mortalidade materna indígena foram por causas obstétricas diretas devido complicações hemorrágicas e as síndromes hipertensivas, e nas causas obstétricas indiretas foram os distúrbios circulatórios. Conclui-se que há uma incidência elevada de óbitos maternos indígenas na região Norte, predominantemente por óbitos sem causa presumível e em hospitais, ficando claro a necessidade de estratégias conjuntas e integradas direcionadas à região Norte, o aprimoramento da investigação das causas dos óbitos maternos indígenas e na melhoria da qualidade e acesso dos serviços de saúde, considerando questões locais e socioculturais.
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