FEBRE AMARELA PÓS-VACINAL EM HOSPITAL PEDIÁTRICO NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Resumo
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A febre amarela (FA) é uma doença infecciosa não contagiosa, transmitida ao homem mediante picada de insetos hematófagos. A notificação de eventos adversos graves associados com a vacina 17D para a FA ainda é baixa no Brasil. Estudos de eficácia e imunogenicidade realizados no Brasil e no mundo, afirmam que a vacina contra a FA é altamente imunogênica, conferindo imunidade em 95% a 99% dos vacinados, que é bem tolerada e raramente associada com eventos adversos graves. O presente caso, um achado fortuito, é o primeiro oriundo do Estado do Acre, em que o paciente evoluiu de forma grave, sendo evidenciado acometimento do fígado e rins.
RELATO DO CASO: Após vacinação para FA em 2010, no Estado do Acre, Brasil, uma criança, com sintomatologia suspeita de febre amarela, faleceu cinco dias após a admissão hospitalar. À necropsia, após duas coletas de tecido hepático, foi evidenciada no histopatológico, hepatite aguda maciça com necrose e apoptose acentuada, a imunohistoquímica para FA foi positiva.
CONCLUSÃO: Diante deste caso, verifica-se a necessidade de uma maior atenção aos eventos adversos que as vacinas para FA podem provocar. A vigilância dos casos de óbitos e os atendimentos de eventos adversos devem ser mais bem investigados e relatados pelos profissionais de saúde, para que ocorra um melhor entendimento da fisiopatologia dos eventos desencadeadores da febre amarela pós-vacinal. Dessa forma, poderia se instituir protocolos específicos para a detecção precoce dos eventos adversos por parte dos profissionais responsáveis, melhorando assim a condução desses casos e seus desfechos.
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