Fitoterápicos nas relações de medicamentos essenciais das capitais brasileiras e Distrito Federal
Isabela da Silva Costa Carneiro, Pâmella Araújo da Costa, Bruna Alves dos Santos Barbosa, Brenda Leandro dos Santos, Ana Paula de Oliveira Barbosa, Paula Melo Martins, Rinaldo Eduardo Machado de Oliveira
Resumo
Introdução: Os fitoterápicos são tecnologias em saúde destinados à integralidade do cuidado no âmbito do Sistema Único de Saúde. Logo, faz-se necessário investigações sobre a disponibilidade nas listas de medicamentos para subsidiar as políticas públicas. Objetivo: Mapear os fitoterápicos nas Relações Municipais de Medicamentos Essenciais (Remume)/Relação de Medicamentos Essenciais (Reme) das capitais brasileiras e do Distrito Federal (DF). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo. Os dados foram obtidos junto às secretarias de saúde entre os meses de agosto e outubro de 2022. Resultados: A partir das listas das 26 capitais brasileiras e do DF, verificou-se que em 16 (59,2%) havia fitoterápicos. Na Região Norte, havia fitoterápicos em 85,7% das capitais, na Região Centro-Oeste e Sudeste em 75,0%, na Região Nordeste em 44,4%, ao passo que na Região Sul não estava elencado nenhum fitoterápico. O número variou de 1 em Campo Grande, Palmas e Rio Branco a 10 em Belém e Natal. No teste de comparação das médias de fitoterápicos por Região do país, sendo a Região Nordeste o comparativo, obteve-se: p=0,64 com a Região Norte, p=0,07 com a Região Sudeste e p=0,21 com a Região Centro-Oeste. O fitoterápico mais frequente foi Mikania glomerata Spreng (guaco). Conclusão: Os fitoterápicos estavam explicitados nas Remume/Reme da maioria das capitais, com exceção da Região Sul. A variedade no elenco, pode ser justificada pelas características epidemiológicas e políticas locais. Sugere-se que as comissões de farmácia e terapêutica revisem periodicamente as listas e caso existam fitoterápicos disponibilizados à população, este elenco esteja adequadamente descrito.
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