CONTAMINANTES FÚNGICOS ASSOCIADOS À CASTANHA-DO-BRASIL (Bertholletia excelsa HUMB. & BOMPL.) COMERCIALIZADA EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO ESTADO DO PARÁ

  • Claudiran de Oliveira Braz Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Vania Vieira Vidal Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Eveleise Samira Martins Canto Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
  • Taides Tavares dos Santos Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

Resumo

A castanheira é um dos recursos econômicos extrativistas mais importantes da Amazônia. As amêndoas de castanha-do-brasil possuem grande valor nutricional e energético, com elevado teor de proteínas, apresentando constituintes indispensáveis a uma boa alimentação. Por serem vendidas já descascadas, as castanhas-do-brasil podem representar um potencial veiculador de contaminantes microbianos. Diante da importância nutricional, econômica e social desse alimento, o objetivo deste estudo foi verificar a presença de contaminantes fúngicos associados a amêndoas de castanha-do-brasil comercializadas em Santarém, que é um dos municípios mais populosos do Estado do Pará. Amostras desse alimento foram adquiridas em feiras livres e imediatamente encaminhadas para análise microbiológica em laboratório. Para a detecção de fungos, placas de Petri contendo meio de cultura BDA, acrescido de cloranfenicol a 0,1 μg.mL-1, foram inoculadas através de imprinting de amêndoas na superfície. Realizou-se o isolamento e purificação dos espécimes fúngicos à medida que estes foram crescendo sobre à superfície do meio de cultura. Procedeu-se a caracterização macro e micromorfológica dos espécimes, agrupamento em morfotipos e identificação até o menor nível taxonômico possível. No total, 26 morfotipos distintos foram detectados. Desses, 09 correspondiam ao gênero Aspergillus, que é grupo taxonômico de fungos que possui representantes amplamente conhecidos como produtores de micotoxinas. A detecção de contaminantes fúngicos em amêndoas comercializadas sem casca é uma questão bastante preocupante para a saúde pública, uma vez que pode ser um indicativo de deficiência na manipulação e conservação desse alimento, que, potencialmente, poderá ser consumido in natura.

Biografia do Autor

Claudiran de Oliveira Braz, Universidade Federal do Oeste do Pará
Discente de Gestão Ambiental do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
Vania Vieira Vidal, Universidade Federal do Oeste do Pará
Discente de Engenharia Sanitária e Ambiental do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
Eveleise Samira Martins Canto, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

Possui graduação em Licenciatura Plena Em Ciências Biológicas - Faculdades Integradas do Tapajós;

Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Amazonas

Doutoranda do Programa de Biodiversidade e Biotecnologia da Rede BIONORTE.

Professora da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

Taides Tavares dos Santos, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

Farmacêutico (FAHESA/ITPAC);

Mestre em Microbiologia (UFV);

Doutorando em Biotecnologia (BIONORTE/UFT);

Professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

Publicado
2016-12-29
Como Citar
Braz, C. de O., Vidal, V. V., Canto, E. S. M., & Tavares dos Santos, T. (2016). CONTAMINANTES FÚNGICOS ASSOCIADOS À CASTANHA-DO-BRASIL (Bertholletia excelsa HUMB. & BOMPL.) COMERCIALIZADA EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO ESTADO DO PARÁ. REVISTA CEREUS, 8(3), 19 - 31. Recuperado de http://ojs.unirg.edu.br/index.php/1/article/view/1382
Seção
Artigos