Medicalização da saúde mental: Análise das prescrições de psicofármacos em um serviço de atenção psicossocial.

  • Jaciane Araújo Cavalcante UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
  • Gessi Carvalho de Araujo Santos
  • Domingos de Oliveira
  • Fernanda Vieira Nascimento
  • Ricardo Rodrigues Goulart
  • Débora Cirqueira Vieira Okabaiashi

Resumo

Conhecer e analisar as prescrições de psicofármacos em um serviço de atenção psicossocial, localizado na região norte do Brasil, relacionando-as com a adesão ao tratamento psicossocial proposto, com base nas observações do ambiente e análise dos prontuários. Foram analisados 246 prontuários de pessoas diagnosticadas com transtornos mentais graves ou recorrentes. A coleta de dados ocorreu no período de abril à setembro de 2017. Proporção de usuários com esquizofrenia e outros transtornos psicóticos esteve em 56,95% e a de transtorno bipolar 21,3%. Predomínio nas prescrições de antipsicóticos e neurolépticos (33,1%), seguida dos estabilizantes de humor (18,51%), estando em consonância com os diagnósticos médicos. Evoluções multiprofissionais acerca do tratamento não medicamentoso dos usuários não ocorreram com a frequência das prescrições farmacológicas, evidenciando o paradigma biomédico existente, e pouca adesão por parte dos profissionais de ações que promovam de forma efetiva a reabilitação psicossocial

Publicado
2021-04-01
Como Citar
Cavalcante, J. A., Gessi Carvalho de Araujo Santos, Domingos de Oliveira, Fernanda Vieira Nascimento, Ricardo Rodrigues Goulart, & Débora Cirqueira Vieira Okabaiashi. (2021). Medicalização da saúde mental: Análise das prescrições de psicofármacos em um serviço de atenção psicossocial. REVISTA CEREUS, 13(1), 74-85. Recuperado de http://ojs.unirg.edu.br/index.php/1/article/view/3324
Seção
Artigos