PREVALÊNCIA DE OCLUSOPATIAS EM CRIANÇAS DA COMUNIDADE KALUNGA – GOIÁS
Resumo
Introdução: O Quilombo Kalunga foi formado por escravos que fugiram em busca de liberdade, há mais de 300 anos, no Nordeste Goiano. Esta comunidade encontra-se parcialmente isolada e com características étnicas e raciais preservadas. Objetivo: O propósito deste estudo foi determinar as prevalências de oclusopatias em crianças da comunidade Kalunga. Metodologia: Foram examinadas 49 crianças, de ambos os sexos, entre 3 e 9 anos, com dentadura decídua (55%) e mista (45%) sem perda de tecido dentário interproximal. Apenas um examinador (Kappa intra-examinador: 0,96) avaliou as características faciais e oclusais das crianças, no sentido ântero-posterior, transversal e vertical, em ambiente sob luz natural. As mães responderam uma entrevista sobre o desenvolvimento da criança. Foram empregados os testes estatísticos quiquadrado e teste exato de Fischer. Resultados: Observou-se que 62% das crianças possuia oclusopatias, sendo 16% de classe I, 46% classe II e nenhuma Classe III de Angle, ainda encontrou-se 2% com mordida aberta, 1% mordida cruzada, 16% sobremordida acentuada, 13% com sobressaliência (>3mm), 21% de desvio da linha média e 21% apinhamento. Conclusão: Existe uma forte influência dos fatores genéticos, raciais e ambientais na etiologia da má oclusão, favorecendo nesta comunidade infantil a oclusopatia de classe II.
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