ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NO ESTADO DE TOCANTINS: UM TERRITÓRIO HIPERENDÊMICO

  • Caio Willer Brito Gonçalves Universidade de Gurupi https://orcid.org/0000-0002-8828-8277
  • Andréia Kássia Lemos de Brito Universidade de Gurupi
  • Letícia Stella Gardini Brandão da Silveira
  • Fernando Carneiro da Silva Universidade de Gurupi
  • Dilomá Bastos Alves Junior Universidade de Gurupi
  • Jeann Bruno Ferreira da Silva Universidade de Gurupi

Resumo

A hanseníase sem detecção precoce e tratamento eficaz pode levar a complicações irreversíveis. Por essa razão, este trabalho objetiva através do perfil epidemiológico da doença no estado do Tocantins fornecer subsídios para o seu controle.  Foi feito um estudo quantitativo através de consulta à base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do período de janeiro de 2007 à dezembro de 2017. Esses dados foram transferidos, tabulados e analisados do sistema de notificação oficial do ministério da saúde (MS). Foram registrados 12227 casos novos no período analisado. A taxa de detecção anual geral em 2017 foi de 80,57 e em menores de 15 anos foi de 22,67 definidas como hiperêndemicas de acordo com MS. Foram 90,4% dos contatos examinados no diagnóstico em 2017 considerada como boa segundo MS e 83,3% de cura considerada regular segundo MS.  O estado apresenta-se hiperendêmico com alta incidência na forma multibacilar e em menores de 15 anos demostrando transmissão ativa na comunidade pela alta infectividade da população adulta. Alto número de casos com grau de incapacidade demonstrando falha na detecção precoce. Exame dos contactantes, aperfeiçoamento das equipes no diagnóstico precoce, poliquimioterapia são importantes para interromper a cadeia de transmissão e prevenir incapacidades.

Biografia do Autor

Letícia Stella Gardini Brandão da Silveira

 

 

Publicado
2020-03-30