Óbitos extra-hospitalares por parada cardiorrespiratória em um município de Minas Gerais
Maria Letícia Rodrigues Maia, Esther Santos Fonseca, Amanda de Alencar Mariano Lopes, Ana Elisa Rocha Caldeira, Marcos Vinícius Macedo de Oliveira, Marília Fonseca Rocha, Dorothea Schmidt França, Luçandra Ramos Espírito Santo
Resumo
A parada cardiorrespiratória (PCR) extra-hospitalar representa um problema de saúde pública, com baixas taxas de sobrevivência. Este estudo tem como objetivo caracterizar óbitos por PCR registrados no sistema de notificações do SAMU em Montes Claros (MG) durante período de 4 anos, incluindo a pandemia de COVID-19. Trata-se de estudo descritivo e transversal, com abordagem quantitativa e retrospectiva, que analisou registros do SAMU sobre PCR em Montes Claros (MG) entre 2018 e 2021. Coletaram-se dados sobre idade, sexo, horário de ocorrência e evolução para óbito, excluindo menores de 18 anos, fichas incompletas, ilegíveis, e casos por causas externas. Dos 1.682 pacientes avaliados, 86,3% evoluíram para óbito, com predomínio em idosos e ocorrências matinais. Durante a pandemia, observou-se um aumento de 216 casos, com maior incidência em mulheres (p=0,01) e risco 1,393 vezes maior de óbito (p=0,006). Destaca-se que o isolamento social e a redução no acesso aos serviços de emergência podem ter dificultado intervenções precoces, contribuindo para o aumento de óbitos domiciliares. Conclui-se que a pandemia pode ter contribuído para o aumento de óbitos por PCR, portanto, recomenda-se monitorar idosos e mulheres e fortalecer programas preventivos.
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