Manejo farmacológico da hipertensão arterial em ribeirinhos da Amazônia brasileira – Estudo SAMARA
Edivã Bernardo da Silva, Abel Santiago Muri Gama, Sílvia Regina Secoli.
Resumo
Objetivo: Analisar o manejo farmacológico da hipertensão arterial entre ribeirinhos amazônicos com conhecimento acerca do diagnóstico. Métodos: Estudo transversal de base populacional “Saúde, Medicamentos e Automedicação em Ribeirinhos do Amazonas” conduzido com 471 ribeirinhos de Coari-Amazonas. O MF foi avaliado com a pergunta “o a Sr. (a) toma algum medicamento para tratar a pressão alta ou hipertensão?” Foram coletadas variáveis demográficas, socioeconômicas, antropométricas, valores pressóricos e do MF para tratamento da hipertensão. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial. Resultados: Cerca de um em dez ribeirinhos entrevistados (11,6%) apresentou conhecimento acerca do diagnóstico de hipertensão arterial. Destes, 43,6% não realizou MF e somente 8,4% apresentou controle dos níveis pressóricos. Mais da metade (54,2%) dos hipertensos utilizou monoterapia, cujo consumo foi de inibidores da enzima conversora de angiotensina (69,2%) e bloqueadores de receptor de angiotensina (30,8%). Conclusão: Apesar dos regimes terapêuticos usados serem sustentados em diretrizes, observou-se parco MF e baixo controle da doença. Neste cenário ribeirinho, cujo acesso geográfico compromete de modo importante o acesso aos serviços, a resolutividade dos problemas de saúde, talvez, possa ter no agente comunitário de saúde, um dos principais protagonistas.
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